sábado, 26 de maio de 2007

O Dia de África


Há exactamente 44 anos foi criada a Organização de Unidade Africana. Tinha como objectivo ser a voz do Continente, promovendo a unidade e solidariedade de África e combatendo o colonialismo. Muitos sonhos ficaram para trás, outros não. Que o Dia de África sirva para relembrar aspirações passadas, mas principalmente signifique o relançamento de objectivos para o futuro.
Servido por Samir Machel
http://obitoque.blogspot.com/2007/05/o-dia-de-frica.html

sexta-feira, 25 de maio de 2007

anedota

Madre Teresa de Calcutá chega ao Céu.-Tendes fome? - pergunta Deus.
Madre Teresa acena afirmativamente com a cabeça.
Deus prepara para cada um uma sandes de atum de conserva em pão de centeio. Entretanto, a virtuosa mulher olha lá para baixo e vê os glutões no Inferno a devorarem bifes, lagostas, ameijoas, doces e vinho.
No dia seguinte, Deus convida-a para outra refeição. Mais uma vez, o pão de centeio seco com atum de lata....
Mais uma vez, ela vê os do Inferno a regalarem-se com uma verdadeira orgia gastronómica...
No dia a seguir, ao ser aberta a terceira lata de atum, Madre Teresa pergunta humildemente:- Senhor, estou grata por me encontrar aqui Convosco como recompensa pela vida casta, regrada e devotada que levei.
Mas não compreendo: só comemos pão com atum, enquanto do outro lado comem como reis... -Ó Teresinha, sejamos realistas - diz Deus com um suspiro - achas que vale a pena cozinhar só para duas pessoas?

Sabotagem ?


Registou-se hoje, 25 de Maio um incêndio no edifício do Ministério da Agricultura.

Pelas informacões até agora recebidas, o incêncio comecou nos arquivos e expecula-se de fogo posto ?

S.Santimano

FALAR MAL

foto; Sérgio Santimano (da série "Caminhos" 1992-3)


Somos, como acontece com muitas outras, uma sociedade com os seus usos e costumes. Uma sociedade que não se fechou em si próprio e se apropriou, ao longo dos tempos, de outros interessantes valores, tendo introduzido no seu corpus muitos outros hábitos, o último dos quais, o de falar mal, seja do que for, seja de quem for. Falar mal tornou-se uma espécie de catarse na nossa sociedade, e se não nos precavermos com urgência, não tarda que esse hábito se transforme numa cultura. Como geralmente nunca somos os culpados de nada, há quem diga que herdamos esse defeito dos portugueses que por tudo e por nada põem-se a falar mal, a colocar rastilhos em toda a parte. Coitado dos portugueses. Se quiser saber de um moçambicano como vai a sua vida, sabe-se, de antemão, qual vai ser a sua resposta, quer dizer, vai falar mal de tudo e de todos. Se pelo contrário disser que a vida anda bem, que se encontra tudo nos trinques, vai ser olhado com alguma suspeita, porque a atitude geral é a choraminguice, o pensamento negativo, o deitar a culpa aos outros. Quando um nosso concidadão fala bem, principalmente dos nossos governantes, recaem sobre ele olhares de desconfiança, como se fosse uma pessoa doutro mundo. Como se fosse um traidor!

Existem os que falam mal mesmo que não se justifique. Fazem-no por uma questão de solidariedade, porque quando um moçambicano chora todos outros o devem fazer, mesmo que não exista nenhuma lágrima no canto do olho. As únicas pessoas que normalmente falam bem, aqui no País, são os turistas. Falam bem do nosso clima, falam bem do nosso governo, falam bem da nossa comida, falam bem (se forem homens) das nossas bonitas mulheres. E, surpreendentemente, falam bem de nós! Por isso é muito agradável conversar com um estrangeiro, porque permite ouvir falar de qualidades que afinal de contas possuimos à sobra!

Quando alguém se senta na mesa dum bar deve o fazer com as devidas precauções, escolher uma companhia que seja conveniente a sua necessidade de sossego. Caso contrário, ao longo da conversa, virão frase como: Isto já não interressa a ninguem, O fulano de tal não passa dum invejoso que me desgraçou a vida, São todos uns corruptos, e etc, etc! Quer dizer, se você deseja relaxar, o melhor que deve fazer é ficar em casa, que cá fora anda todo o mundo com a espingarda na mão, engatilhada, pronta a disparar, ou seja, pronto a falar mal.

Outro dia dizia alguém que somos assim porque não fazemos greves, daquelas de sair à rua, os disticos cheios de reivindicacões, a falar das nossas raivas e desencantos, a libertarmo-nos daquilo que nos corroi. As nossas greves fazem-se em surdina, na conversa dos bares e esquinas. As nossas greves não passam apenas de greves faladas. Mais nada. Mas quem sabe se não aprendemos isso dos nossos respeitaveis politicos que, nunca em público, se dignaram a falar bem dos outros politicos? Qual é o estrato social mais indicado para nos dar os bons exemplos?

O falar mal ganhou recentemente um outro aliado: o pessimismo! A maior parte dos moçambicanos transformou-se, duns tempos para cá, em fervorosos pessimistas. Perderam a confiança. Mesmo quando são felizes já não acreditam. Isto é, não sabem acreditar. Há no País pessimismo a dar no pau, aos montes, para dar e vender. Por exemplo, ha péssimismo quando se fala sobre os contornos da nossa Justiça; há pessimismo no desporto, ninguém acredita na selecção nacional de futebol, por isso são evasivos os comentários desportivos dos jornais e tão vazias as bancadas dos nossos estadios! Ninguém acredita que somos capazes de acabar com a pobreza. Ninguém! Ser o contrário disso, isto é, ser-se optimista, ter esperança, falar bem das pessoas, elogiar os feitos que merecem ser elogiados, tornou-se um caso raro. Cresce em cada dia que passa o número de pessoas que se recusam a compreender que é preciso acreditar para vencer, como acontece, por exemplo, com os adeptos do futebol inglês que nunca se cansam de puxar pela sua equipa, do principio ao fim, mesmo quando o resultado é desfavorável. Se fossemos como os ingleses ficavamos felizes da vida.

Não é, pois, por acaso, que cansados de buscar a esperança na palavra do homem e nas coisas materiais, as pessoas acabaram nos últimos tempos se refugiando na religião. Por isso as igrejas voltaram a encher. Sabe-se lá se Deus acabe por lhes ensinar, talvez, a falar bem e a acreditar !

Marcelo Panguana
escritor e crítico literário
Mocambicano (Maputo)

Côres de Mindelo


"Lembro-me de estar certa vez a contar para a minha aldeia as peripécias das minhas viagens. E andava eu na Áustria quando escapou-me observar que dito país não tem mar. E exclamou um dos meus vizinhos: Então deve ser uma terra muito pobre.".

Photo A. Valente (Holanda) Texto Mário Lúcio

terça-feira, 22 de maio de 2007

Foto; Sérgio Santimano da série "terra incógnita"

Quando for consumido o fruto da última árvore e envenenado o último rio, o homem descobrirá que não se come dinheiro

Carlos Drummond de Andrade

SICKO : more from moore



Michael Moore está de novo a fazer furor em Cannes.

O documentário que levou desta vez ao maior festival de cinema do mundo chama-se "Sicko".

É exibido fora de competição, a seu pedido. O filme recebeu uma ovação do público presente e as razões devem ser as mesmas que deram a vitória a Fahrenheit 9/11. O asco a W. Bush. O filme põe a nu as deficiências do sistema de saúde público na maior potência mundial.

Revela a forma como o sistema (não) apoia as vítimas do 11 de Setembro e os que ajudaram nas operações de resgate no World Trade Center. Muitas pessoas não têm dinheiro para pagar um tratamento médico adequado e o que recebem do Estado, é para esquecer.

Moore mostra que o apoio médico que recebem é pior do que... em Cuba. Esteve em Guantanamo e em Havana para mostrar as contradições.

Agora está a ser investigado pelas autoridades norte-americanas, que querem "saber" se Michael Moore desrespeitou o embargo comercial contra Cuba.

O filme pode não ser exibido nos Estados Unidos e há fortes hipóteses de ser confiscado.

Por isso, Cannes foi a grande oportunidade de Michael Moore mostrar ao mundo, a sua última diatribe contra o seu ódio de estimação, George W. Bush.
Post de António Oliveira "Estrada Poirenta" (blogger)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Smiling Lions, Dragons and Other Revolutions




The City of Maputo owns a very special heritage of colonial architecture. While in Portugal cultural development was oppressed under the Salazar regime, in Mozambique artistical freedom could unfold. The African colony became a laboratory of modernism.
As an encounter with the Maputo of today, the photographic series Smiling Lions, Dragons and Other Revolutions follows the tracks of Amancio d‘Alpoim Miranda Guedes, an architect who has coined the image of the capital in the period from 1952 to 1975. Against a background of corporate, social and political transformations these momentary records unsheathe traces of Mozambican history. And reflect a metropolis which in the local language Shangaan is refered to as 'Xilunguíne - the place where you live like white people‘, a laboratory of African urbanism.
By; Annett Bourquin (Berlin)

domingo, 20 de maio de 2007

Cuidado vêm aí o verão


Loiras

Clicar para se lêr melhor....

sexta-feira, 18 de maio de 2007

anedota

Quando Ayrton Senna chegou no céu,
São Pedro perguntou: - Como é seu nome, meu filho? Ayrton Senna da Silva.
Ah! Você é aquele piloto da F1, não é?
Sou eu mesmo.
Aquele que tinha uma ilha em Angra dos Reis, com heliporto, quadra de tênis, praia particular entre outras coisas, mais um jato executivo
Learjet 60 de 12 lugares comprado por US$ 19.000.000 ,00, um helicóptero bi-turbo avaliado em US$ 5.000.000,00 uma lancha Off Shore de 58',
uma fazenda em Tatuí e que ganhava US$ 1.200.000,00 por corrida?
Sou eu mesmo.
Andava de Audi, Honda NSX e tinha uma DUCATI com seu nome?>
Sim senhor!
Morava em Mônaco, mas tinha apartamentos em NYC, Paris e viajava quando queria para o Brasil no seu próprio jatinho particular?
- Correto.-
Aquele que até hoje a família é acionista da Audi do Brasil?
-Eu mesmo!
Aquele que comeu a Xuxa e a Adriane Galisteu?
- Sim.
- Putz... pode entrar, mas você vai achar o Paraíso uma merda.

O lobo acabou comido


1. Finalmente, o sinistro neo-con de Bush, Paul Wolfowitz, apresentou a sua demissão.
A partir de 30 de Junho vai à vida. É o triste fim de mais um dos homens de confiança de Bush. Depois de levar a desgraça ao Iraque e ao mundo, desgraçou também a já fraca reputação do Banco Mundial. Tudo por estar apaixonado pela dominação.

Foi acusado de aumentar mais de 60 mil dólares no salário de Shaha Ali Riza, a namorada. A comunicação social diz que ficou a ganhar mais do que Condoleeza Rice.

De repente começou a ser feita esta relação, não sei bem porquê. Será que Wolf também tentou aumentar a graça da Condi? É o que faz trabalhar com muita adrenalina para o mundo das trevas. Sem dar por isso, o lobo acabou comido no caldeirão.

2. Depois de este escândalo não é altura de alterar a regra não escrita por outra escrita, segundo a qual os Estados Unidos já não podem escolher o presidente do Banco Mundial?

3. Tony Blair é um dos nomes que começa a ser falado para suceder a Wolfowitz. É uma aposta forte. Blair é camarada de armas de Bush e o candidato do ex-vice-presidente do órgão e Nobel da Economia 2001, Joseph Stiglitz. Tudo indica que o organismo de repente virou prateleira dourada de responsáveis pela guerra do Iraque. Como se pode ver, quando se fala de tachos, não estamos na vanguarda.
Post de António Oliveira
"blogger.... estrada poeirenta"

quarta-feira, 16 de maio de 2007




Cabo Verde

entre os cinco países
mais caros em África


Cabo Verde está entre os cinco países mais caros de África, assim como Angola.
Moçambique é o único dos cinco Estados lusófonos que tem um nível de preços abaixo da média do continente, revelou hoje o Banco de Desenvolvimento Africano (BAD).
No "ranking" de Níveis de Consumo e Preços Comparados nos
Países Africanos, hoje divulgado durante a cimeira do BAD que acontece em Shangai, na China, Cabo Verde apresenta um índice de 1,48 pontos, e está no quinto lugar.
Angola surge em terceiro lugar, com um índice de 1,53 pontos, para uma média africana de 1 ponto, ou seja, 53 por cento acima da média, noticia hoje a Lusa.
No topo da tabela, muito perto de Angola, surgem o Gabão e a Guiné Equatorial, "ex-aequo" com 1,58 pontos.
Para cálculo do índice de preços são usadas a paridade de poder de compra (PPP) e as taxas de câmbio das moedas nacionais para o dólar norte-americano.
São Tomé e Príncipe surge na 10ª posição, com 1,22 pontos, e a Guiné-Bissau em 19º, com 1,09 pontos.
O único país lusófono abaixo da média africana é Moçambique, com 0,91 pontos.
No fim da tabela do BAD surge a Etiópia (0,57 pontos) e o Egipto (0,64).
Africamente
asemana on line

segunda-feira, 14 de maio de 2007

simplesmente para rir....

Cinto de Segurança
Um polícia Sul-Africano parou um carro de Moçambicanos e disse ao motorista que, porque estava a usar o seu cinto de segurança, tinha ganho um prémio de R5 000, como parte de uma campanha de segurança nas estradas.
O homem mal quiz acreditar na sua sorte e quando o polícia perguntou o que pretendia fazer com o dinheiro, repondeu:
"Bom eu vou tirar a minha carta de condução".
"Oh, não lhe dé ouvidos, Sr Polícia" gritou a mulher no assento de passageiro. "ele pensa que é engraçado quando esta bébado."
Com isto acordou o tipo no assento traseiro que deitou um olhar ao polícia e resmungou,
"Eu sabia que não chegaríamos longe em um carro roubado!
"Nesse momento, ouviram-se batidas vindas da bagageira e uma voz disse:
"Comé? Ja atravessamos a fronteira?"

OS RICOS DE ANGOLA


OS RICOS DE ANGOLA

Espero sinceramente que esta crónica pareça completamente ridícula daqui a meia dúzia de anos. Trata-se de uma crónica que tem por tema a inauguração com a presença do Presidente da República! Num país minimamente desenvolvido, com um saudável sistema de economia de mercado, a inauguração de um novo centro comercial representa, quando muito, uma notícia relevante para o bairro onde o mesmo se situa.

O facto de um tal acontecimento nos entusiasmar tanto (a mim entusiasma) diz bem do lamentável atraso em que nos encontramos - é o espanto do camponês ao ver pela primeira vez uma televisão (ou, ao invés, do menino da cidade diante de uma galinha). Daqui a meia dúzia de anos espero, pois, que a notícia da inauguração de um centro comercial já não alvoroce ninguém. Olhando para trás haveremos todos de sorrir, com certa auto-ironia, ao lembrarmo-nos do tempo em que não havia em nenhuma cidade angolana um bom cinema, com filmes actuais, ou sequer uma boa livraria. Nessa altura o Presidente da República, quem quer que seja, há-de estar a inaugurar grandes bibliotecas públicas, bons hospitais, auto-estradas, escolas em bairros carentes, e então nós teremos orgulho nesse Presidente da República. Os nossos ricos - por falar em centros comerciais - são igualmente reveladores do terrível atraso em que três décadas de guerra, corrupção e incompetência deixaram o país.

Não temos ainda ricos como os ricos dos países ricos. Os ricos dos países ricos são charmosos e elegantes. Praticam musculação em casa, uma hora por dia, com a ajuda de um personal trainer, e ainda lhes sobra tempo para o yoga, a escalada, a esgrima, ou a equitação.

Os nossos ricos, esses, luzem de gordura. Acham que assistir ao futebol, sentados num sofá, é a forma mais confortável de fazer desporto. Os ricos dos países ricos morrem de velhice perto dos cem anos. Os nossos sofrem crises de malária e morrem vítimas de doenças ligadas a maus hábitos alimentares, como os pobres dos países ricos, antes dos setenta. Os verdadeiros ricos têm no escritório uma tela de Miró ou de Picasso. Os nossos têm uma fotografia do Presidente da República a inaugurar centroscomerciais. Os verdadeiros ricos coleccionam a grande arte do nosso tempo - Paula Rego, David Hockney, Portinari, Basquiat, etc..

Os nossos ricos coleccionam "arte africana", o que quer que isso seja, comprada muitas vezes nos mercados populares. Os verdadeiros ricos assistem em Londres ou em Nova Iorque a concertos dirigidos por grandes maestros. Os nossos assistem em Luanda a desfiles de misses. Os ricos legítimos almoçam num dia com Mário Vargas Llosa, em Paris, e no outro com Barack Obama, em Washington.

Os nossos almoçam com o Pierre Falcone em algum recanto escondido. Os verdadeiros ricos lêem o Times Literary Suplement e a New Yorker. Os nossos lêem a "Caras", na versão nacional, e sorriem felizes de cada vez que encontram o próprio rosto (encontram sempre, é inevitável) iluminado por uma aura de gordura. Resumindo: os nossos ricos são uma fraude. São tão duvidosos, enquanto ricos, tão refutáveis e mal-amanhados, quanto eram enquanto comunistas. Precisamos, urgentemente, de novos novos ricos. Ou então resignamo-nos a que estes envelheçam Porém, como disse antes, receio que a maior parte morra antes de envelhecer decentemente. By José Eduardo Agualusa.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

IWALEWA-House Bayreuth - Exposicão Fotográfica



Energy and vitality out of Africa

The exhibition „Aus_Sicht Afrika“ presents photographs that show Africans with bright eyes and smiling faces.

Between 17th April and 30th August 2007 five African Photographers exhibit a part of their work in the IWALEWA-House Bayreuth, Germany: Michael Tsegaye from Ethiopia, Fatimah Tuggar from Nigeria, Sérgio Pinto Afonso from Angola as well as Joel Chiziane and Sérgio Santimano, both from Mozambique, show photos they have taken in Africa to express the positive aspects of the continent.
The exhibition was the result of a students’ project on photography in Africa. A group of students who study „Culture and Society of Africa“ in Bayreuth wanted to show the positive aspects of a life in Africa. They criticise the image of Africa that exists in our society: Europe’s neighbour continent seems to be the one of war, hunger and catastrophes. And although these negative aspects often belong to the reality of Africans, there is this second truth you can find on the continent, the one of bright and happy human beings.
By email and phone the students contacted African photographers asking for their support, which they got indeed. It was not the ambition to create a one-sided picture of the life in Africa, one that would gloss over the situation on the continent. Thus it seemed clear in the end that the exhibition did not whitewash anything but expressed reality. Sérgio Santimano for example, a prominent photographer from Mozambique, admires the vitality of the people of his home as well as their courage to face life. Although life after the long Civil War in Mozambique is very hard for most of the Mozambicans, the people he shows on his pictures give a smile.
The image of Africa presented by the exhibition is one that makes confident. And like this also the ambiguous title „Aus_Sicht Afrika“ has to be understood: there is a perspective on Africa as well as African themselves show that there are as well manifold positive aspects in store.

The African photographers supported the idea to present the positive aspects of a life on the African continent. Foto: Kolb
Picture taken from http://www.nordbayerischer-kurier.de/news/1237854/details_134.htm on 10th May 2007




quinta-feira, 10 de maio de 2007

Ilha de Mocambique- 2002



Foto by Sérgio Santimano

Hip Hop

Artista: AzagaiaAlbum:
BabalazeMusica:
As mentiras da verdadeI E se eu te dissesseQue Samora foi assassinadoPor gente do governo que até hoje finge que procura o culpadoE que foi tudo planeadoPra que parecesse um acidente e o caso fosse logo abafadoE se eu te dissesse Que o Anibalzinho é mais um pau mandadoQue não fugiu da Machava mas foi libertadoPelo mesmo sistema judicial que o tem condenadoE o mais provavel é que ele agora seja eliminadoE se eu te dissesseQue Siba-Siba,Coitado foi uma vitmaDa corja homicidaQue matou Cardoso na avenidaNão Anibal e a sua equipaCondenados pelos mediaMas a mesma que deixouPedro Langa sem vidaE se eu te dissesseQue Moçambique não é tão pobre como pareceQue são falsas estatísticasE há alguém que enriqueceCom dinheiros do FMI,OMS e UNICEFDepois faz o povo crerQue a economia é que não cresceE se eu te dissesseQue a oposiçãoNeste país não tem esperançaPorque o povo foi ensinado a ter medo da mudançaMas e se eu te dissesseQue a oposição e o governo não se diferemComem todos no mesmo pratoE tudo esta como eles querem E se eu te dissesseQue a barragem Cahora Bassa não é nossaÉ dum punhado de gente que ainda vai encher a bolsaE se eu te dissesse que há jornaisQue fabricam informaçãoPra venderem mais papel e ganharem promoçãoE que são os mesmos que nos vendemAquela imagem de caosQue transformam simples ovelhas em lobos mausE se eu te dissesseQue há canais de televisão comprometidosCom o governo e só abordam os assuntos permitidosQue esses telejornais já foram todos vendidos Vocês só vêm o que eles queremE eles querem os vossos sorrisos E se eu te dissesseQue o Sida em Moçambique é um negocioONGs olham pra o governo como um sócioRefrão:Porque nem tudo que eles dizem é verdade--é verdadePorque nem tudo que eles não dizem não é verdade--é verdade (2x)Eles fazem te pensar que tu sabes-- mas não sabes Cuidado com as mentiras da verdade--é verdadeIISe eu te dissesseQue a historia que tu estudas tem mentirasQue o teu cérebro é lavado em cada boa nota que tirasQue a revolução não foi feita só com canções e vivasHouve traição, tortura e versões escondidas E se eu te dissesseQue antigos combatentes vivem de memorias Deram a vida pela pátria e o governo só lhes conta historiasQuantos nos dias de hoje dariam metade que eles deram?Em nome de Moçambique, nem os que vocês elegeramE se eu te dissesseQue o deixa andar não deixou de existirVeja os corruptos a brincar de tentarem se impedir Comissões de anti-corrupção criadas por corruptosA subornarem-se entre eles pra multiplicar os lucrosE se eu te dissesseQue as vagas anunciadas já tem donosFazemos bichas nas estradas mas nem sequer supomosQue metade das entradas pertencem a esquemas de subornos Universidades estão compradas mas que raio de merda somos?E se eu te dissesseQue o teu diploma de engenheiro não é pra hojeEnquanto saem 100 economista, engenheiros saem 2Lares universitários abarrotados de genteVai ver as pautas a vermelho e os docentes indiferentesE se eu te dissesseQue neste país os estrangeiros é que mandamTem o emprego e o salário que querem ainda mandamMeia dúzia de nacionais pra rua É o neocolonialismo da maneira mais cruaE se eu te dissesseQue a cor da tua pele conta muitoQuanto mais clara, mais portas que se abrem é absurdoOs critérios de selecção pra empregoVais pra empresas tipo bancos e não encontras nem um negroE se eu te dissesseQue a policia da republica é uma comédiaSão magrinhos, sem postura e se vendem por uma moedaAgora matam-se entre eles traição na corporaçãoAfinal de contas quem é o policia, quem é ladrão?E se eu te dissesseQue há bancos que financiam partidosE meia volta aparecem com os cofres falidos...Refrão (ate ao fim)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Sarkozy no poder, carros a arder




Sarkozy no poder, carros a arder
Perto de 1200 viaturas já foram consumidas pelas chamas. Sarkozy passa férias a 7500 contos/dia no Mediterrâneo. Putin ainda o não saudou... o que revela o lugar fulcral da França para o futuro da Europa.Nunca na história da V República Francesa a eleição de um novo Presidente daq República provocou tanto ódio e temor. A prova aí está. Em 72 horas foram incendiadas 1200 viaturas nas principais cidades. E isso são contas da polícia... Ler esta notícia do Libé, clicar aqui, portanto. As detenções sobem em flecha e, em Paris, as manifestações da ultra-esquerda sucedem-se entre a Bastille e a Republique. O número de feridos também sobe em flecha e perto de 100 polícias receberam tratamento hospitalar. Lille, Rennes,Toulouse e Lyon são as cidades de província onde as manifestações de contestação à vitória de Sarko atingem também formas de alta violência.FAR
créditos; 2+2=5 (bloger..) e Photo; jornal Liberation (Paris)

segunda-feira, 7 de maio de 2007




Mia Couto
Governo homenageia Mia Couto
O ESCRITOR Mia Couto será homenageado na próxima sexta-feira pelo Ministério da Educação e Cultura pela sua mais recente conquista, o prémio da União Latina para Literaturas Românticas referente a este ano. Numa cerimónia a ter lugar naquele organismo governamental, o autor cuja mais recente publicação é o romance “O Outro Pé da Sereia”, receberá das mãos do ministro Aires Ali uma mensagem de congratulação pelo facto de ter vencido, mês passado, aquele importante galardão.

O prémio ganho por Mia Couto foi criado em 1990 pela União Latina, organização internacional fundada pela Convenção de Madrid para evidenciar e difundir a herança cultural e as identidades do mundo latino, o prémio tem um valor pecuniário de 12 mil euros. O galardão foi instituído para homenagear a diversidade do património literário latino, consagrando, todos os anos, um romancista de língua latina cujas obras merecem ser difundidas amplamente e traduzidas nas outras línguas latinas. A cerimónia de sexta-feira será testemunhada pelos fazedores da Cultura e demais personalidades ligadas a arte.O autor de “O Último Voo do Flamingo” – romance adaptado para o teatro por Lucrécia Paço para o “Mutumbela Gogo” e Elliot Allex, “Mugachi” – dedicou o trofeu a “todos os colegas” do panorama literário moçambicano, “em especial” José Craveirinha (falecido em 2004). Mia Couto é o primeiro escritor moçambicano e o primeiro africano a ser galardoado com este prémio. Na sua obra, o escritor diz pretender relatar a “riquíssima epopeia de sonhos e utopias”, as “apostas desfeitas e refeitas contra o peso da História” que preenchem o percurso da “jovem nação” de Moçambique. “Esse percurso de guerras e dramas fez-se de materiais humanos sublimes, de histórias individuais e colectivas profundamente inspiradoras. São essas vozes que disputam rosto e eco nas páginas dos meus livros”, disse ainda.Mia Couto, natural da Beira, onde nasceu em 1955, é o mais traduzido escritor moçambicano e uma referência da literatura contemporânea do país. O júri deste ano, presidido pelo intelectual italiano Vincenzo Consolo (também premiado em 1994), escolheu Mia Couto à quarta volta do escrutínio pela “originalidade e o poder criativo de um escritor que parte da realidade do seu país para exaltar o poder da vida e a alegria de viver, mesmo se, por vezes, em condições extremamente dramáticas”. António Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto, nasceu na Beira (Moçambique), em 1955, foi jornalista, dirigiu o “Notícias” e a revista “Tempo”. “A Varanda do Frangipani” (1996), “O Último Voo do Flamingo” (2002) e “A Chuva Pasmada” (2004) são algumas das obras do escritor, que tem sido traduzido para o francês, inglês, espanhol, alemão e italiano. A sua carreira literária começou por cima - o primeiro romance, “Terra Sonâmbula” (1992), é considerado um dos 12 melhores livros africanos de sempre, e desde então a sua obra já foi traduzida em inúmeras línguas. Só em Portugal, já vendeu mais de 400 mil livros.O prémio já foi atribuído, entre outros, a Agustina Bessa-Luís (1997), António Lobo Antunes (2003), José Cardoso Pires (1991), Gonzalo Torrente Ballester (1993), Vincenzo Consolo (1994) e Juan Marsé (1998). Entre os candidatos estavam Maria Velho da Costa (Portugal), Fernando Vallejo (Colômbia), Jaume Cabré (Espanha), Norman Manea (Roménia), Ana Maria Matute (Espanha), Luigi Meneghello (Itália), Patrick Modiano

30 anos de cooperação
A vice ministra da saúde de Moçambique Dr. Aida Libombo encontra-se em Uppsala, Suécia. >> -->
A razão da visita até ao momento, foi participar com a classe médica Suéca, enfermeiros, dentistas, anestesistas,técnicos de laboratório, bibliotecários, parteiras, cirugiões, etc. etc. num seminário realizado dia 27 do corrente mês, organizado pelos “Grupos Áfricas da Suécia” sobre os 30 anos de cooperação a nível da saúde. A organizacão que esteve por de trás deste recrutamento chama--se ARO.

O pretexto foi comemorar os trinta anos de cooperação neste sector.Há trinta anos atrás desembarcavam em Moçambique para ajudar o governo moçambicano recentemente independente e carente destes quadros no sector da saúde, depois da debandada em massa, dos quadros existentes nesta ex-colónia.O primeiro cooperante sueco Dr.Tom Åhrén que foi destacado para Nampula chegou em 1976 mais o Dr.Bertil Sörberg que foi para Pemba no mesmo ano, em Outubro e a enfermeira Gunila Nahlén.
O seminário abordou intervenções, palestra da Vice-ministra sobre a saúde ontem, hoje e amanhã e do director da saúde da Provincia de Cuamba o jóvem Dr.Dinis Viegas do Niassa da parte moçambicana e o Dr. Staffan Bergström da parte sueca, assim como pessoas ligadas a organização Grupos África da Suécia .Depois seguiu-se um convivio jantar, aonde a referida classe médica presente em mais de 150 pessoas, visionaram, slides, música, e cantos por eles interpretados assim como, discursos reelembrando os tempos em que solidariamente junto como o povo mocambicano, ombro a ombro lutaram para um serviço de saúde, na altura muito dificil, fosse minimizado. Uma noite repleta de emoção e de relatos de uma memória viva que propõe-se a continuar a lutar dentro do mesmo espírito para com este país chamado de Moçambique e que guardam no íntimo das suas personalidade e que os marca. Médicos bém conhecidos de Moçambique como Dr.Hans Rosling , Anna-Karin Karlsson, Ulf Högberg, são alguns dos que participaram também neste seminário...
Sérgio Santimano

sexta-feira, 4 de maio de 2007


A não faltar !!!!!!!!!!!!!!!!Vai sêr duro, belo, louco...... vai sêr, moçambicano/sueco..... e.....lá estaremos...ai...ai... os petiscos e a música a perfeita combinação ....hi, não dá mesmo !!!!!!!

Actual direccão PONTE

Esta é a actual direcção da "Associação Moçambique Suécia PONTE".
A Lina Hansen saiú e entrou a Christina Larsson. Esta fotografia foi tirada ontem (04.maio.2007), para últimar os preparativos da "festa moçambicana"0505 Odengatan-69 -12 andar Estocolmo.

1a direccão PONTE















Da esquerda para a direita:
Lina Hansen (justerar), Celso A.Paco (resp. cultura), Miquelina Pinto (secretária), Sérgio Santimano (presidente), no meio primeiro plano, Ávaro P. Ferrinho (conselheiro).

Assim está escrito num documento de 09 de Maio de 2005.
A Ponte foi registada com o número 802 422-78 06 com sede em Estocolmo.
(foto tirada na casa do Vito/Ferrinho)