segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Casa-Museu de José Craveirinha transformada em Museu e Património Cultural da Cidade

foto; Sérgio Santimano (Maputo- 2000, Craveirinha olha para o retrato da sua esposa em sua casa)


A CASA-Museu do poeta-maior José Craveirinha, da Mafalala, vai ser transformada em Museu e Património Cultural da cidade de Maputo.
Esta acção surge na sequência de uma proposta do Plano de Actividades e Orçamento para 2009, apresentado ontem pelo Presidente do Conselho
Municipal da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, no decurso da XXV sessão ordinária da Assembleia Municipal.
A residência onde viveu o maior poeta moçambicano foi transformada em casa-museu em 2005, e em meados do presente ano, o Chefe do Estado,
Armando Guebuza, descerrou uma lápide com os indicativos da Casa-Museu.

É uma acção que decorreu no ano em que se o poeta fosse vivo completaria,
em 28 de Maio, 85 anos.
Armando Guebuza exaltou a coragem e determinação do homem que “soube fazer da literatura uma arma para a libertação dos moçambicanos”.
Os feitos de José Craveirinha, falecido a 6 De Fevereiro de 2003, em muito se identificam com as mais nobres causas que os moçambicanos abraçaram ao
longo do tempo.
Um homem de cultura e desporto, passando pelo jornalismo, constitui um importante factor de exaltação e celebração da moçambicanidade.
A casa-museu contém um vasto espólio de trabalhos já divulgados e outros inéditos do poeta, que constituem um rico legado para a memória cultural e
histórica de Moçambique.
Dentre muitas obras de arte e de literatura existentes na casa do poeta-maior consta uma representativa colecção de obras de arte, com trabalhos de
artistas como António Bronze, Malangatana, Samate Mulungo, João Júlio, Chichorro, óleos de Bertina Lopes, desenhos de Idasse Tembe, Zeca Craveirinha.

Encontram-se ainda esculturas de arte makonde, cerâmicas, máscaras, reproduções de telas de Gauguin, Cézzane e de Pablo Picasso, para além de uma
colecção da indumentária do poeta.
Estão ainda na casa do poeta discos de grandes artistas do jazz como são os casos de Duke Ellingtin, Lady in Saty, Billy Holiday, Count Basie,
Charlie Parker, John Coltrone, Jazz Naturaly, Johnny Hartman e Mahalia Jackson. Está ainda uma boa colecção de Fanny Mpfumo.
Na biblioteca consta um espólio de mais de três títulos, bem como um manancial de caixas de outros locais onde estão guardados materiais inéditos.
Consta ainda uma infinidade de medalhas, certificados de méritos e diplomas de honra que o poeta arrecadou, bem como as insígnias e os prémios com
que o poeta foi distinguido, um dos quais é o Prémio Camões, em 1991, que é a maior distinção literária da Língua Portuguesa.
Com a devida vénia; RM (Rádio Mocambique).

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Ainda me lembro de um periodo na minha vida que entava as 9h,nos domingos para estar com alguns amigos e saia de la pela noitinha,bons tempos.É de louvar este museu na mafalala,só espero que o governo "ponha trancas a porta" ( policia), pois um espólio com esta grandeza é preciso ser bem guardado.Mafalala é lugar de boa gente, gente amiga gente humilde mas existe como em qualquer lugarno mundo o grupo de malfeitores.Tenho dito. Deus te guarde Craveirinha.

25 de novembro de 2008 às 00:34  

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