sábado, 22 de agosto de 2009

Openião 3


Foto; Sérgio Santimano, da série "terra incógnita" Niassa- 2001-2005
AT,
Kanimambo meu irmão por teres passado por cá.
É interessante como tu procuras fugir da história para direito e olhar o mesmo assunto. Direito não é a minha praia, portanto não posso navegar lá. Mas olha que sempre defendi isso. Se andamos a dizer que a lei é igual para todos, então ser libertador não pode ser um escudo para destruírem esta terra que é de todos nós.

Mutisse

Claramente que não Júlio. Ninguém deve ser proibido de enriquecer.
O que digo é que os combatentes deste país não são simplesmente os que pegaram em armas de fogo. Há muitos que traçaram as bases daquilo que é hoje esta pátria amada mas que não foram necessariamente a Tanzânia.
O que acho neste teu “ponto prévio” meu irmão é que ser antigo combatente não pode ser um privilégio para a impunidade.
Sobre “a luta armada e a guerra” é claro que Moçambique seria independente. Olha que concordamos em muitos pontos. Um país como o nosso, as pessoas desta terra, não se podiam dar ao luxo de esperarem pelo destino como sugere Philippe Gagnaux. O homem tem de fazer a história não ficar a espera que ela passe por ele.
A nossa luta teve a importância de desmoronar a estrutura moral colonial e precipitar a revolução de Abril e isso não se pode negar. Não se pode olhar para a criação dos movimentos independentistas simplesmente como um ponto de partida para se assaltar o poder que se previa. É claro que nem todos que se juntaram a FRELIMO eram santos e queriam realmente libertar a pátria amada. Em nenhum grupo tão grande as pessoas podem comungar dos mesmos ideais. Há uns realmente que viam na FRELIMO uma rampa para o bem-estar no futuro, mas não se pode generalizar.

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