sexta-feira, 25 de abril de 2008

FESTA da PONTE

MOÇAMBIQUE – SUÉCIA -
10 de Maio !!!!!!!!!! Não perca !!!!!!!!
- ODENGATAN 69 – 12 andar – Estocolmo –
18h00m – Assembleia Geral...
19h00m – Aperitivos, petiscos.... Chamussas, chetni, etc.“Cajú” música tradicional Moç.
Jantar: Caril de vegetais, com côco, mandioca, caril de galinha com amendoim, doces variados ..... 60:-kr
20h00m - Música ao vivo, dança até... dizer chega!!!!!!! Carlos Amado Band www.lacamapule.se
Entrada; 100:-kr sócios e 150:-kr não sócios. ENTRADAS LIMITADAS!!
P.G. 43 45 62 – 5 e-mail ponte.moc.swe@gmail.com

MOCAMBIQUE – SVERIGE
10 Maj !!!!!! Missa det inte…..
ODENGATAN 69, 12 vån. Stockholm

18.00 – Årsmöte
19.00 – Mingel och snacks…. Chamussas, chetni etc. ”Caju” traditionell music från Moçambique.
Middag: Vegetarisk gryta med kokos, mandioc, kycklinggryta med jordnötter, kakor….60 kr
20.00 – Levande musik, dans så länge ni orkar !!!!! ”Carlos Amado Band”
www.lacamapule.se
Entré; 100 kr för medlemmar och 150 kr för icke medlemmar. Begränsat antal entréer
P.G. 43 45 62 – 5 e-mail ponte.moc.swe@gmail.com

25 de Abril

Hoje, ouvi o "Grandola Vila Morena (Zeca Afonso)" e que Viva a Liberdade !!!!!!!


domingo, 20 de abril de 2008

O SANGUE E OS MORTOS

David Borges
Jornalista*
Pede-me o /Diário de Notícias/ que, mais do que sobre o chamado "mundo lusófono", escreva sobre a relação histórica de Portugal com África, no preciso espaço que, hoje, faz o balanço da visita de Cavaco Silva a Moçambique e abre um pouco mais a janela que mostra aos portugueses a paisagem chocante, e até aqui esquecida, dos mortos portugueses nos combates de África e que jamais retornaram à terra de onde, um dia, foram forçados a partir para, por erradas razões da Pátria, combaterem em nome de Portugal.
Não consta que Cavaco tenha visitado algum talhão militar português em Moçambique, mas poderia tê-lo feito porque firmemente agarrada aos mortos enterrados em África está uma das duas mais poderosas raízes da relação luso-africana, firmando-se a outra, também forte, na mistura de sangues, a mistura que produziu José Craveirinha, uma das maiores figuras da África que fala português e que dedicou ao seu "belo pai, ex-emigrante", o mais comovente dos seus poemas, uma elegia a esse Craveirinha de Algezur, do mesmo Algarve de Cavaco, que procurou em Moçambique, no distante ano de 1908, um futuro que o apertado horizonte português não lhe permitia vislumbrar.
Ao pai português, escreveu o africano José, "de coração ronga-ibérico mas afro-puro", que "as maternas palavras de signos", que viviam e reviviam no seu sangue, pacientemente esperavam a época de colheita, soltas já estando "as sentimentais sementes de emigrante português, espezinhadas no passo de marcha das patrulhas, de sovacos suando as coronhas de pesadelo".
Na sua "rude e grata sinceridade", José Craveirinha não esqueceu, nunca, o "antigo português puro", que gerou "no ventre de uma tombasana, mais um novo moçambicano, semiclaro para não ser igual a um branco qualquer, seminegro para jamais renegar um glóbulo que fosse dos Zambezes" do seu sangue...
Em Craveirinha, "ficaram laivos do luso- -arábico Algezur" da infância do pai mas "amar por amor" ele só amou e somente podia e devia amar Moçambique, a sua "bela e única nação do mundo", onde a mãe nasceu, o gerou e com o pai "comungou a terra, onde ibéricas heranças de fados e broas se africanizaram para a eternidade" nas suas veias e o sangue do pai "se moçambicanizou nos torrões da sepultura de velho emigrante numa cama de hospital, colono tão pobre" como desembarcara em África…
Diante da sepultura do pai, chorou sempre José pelo seu "belo algarvio bem moçambicano", o seu "resgatado primeiro ex-português, número um Craveirinha moçambicano".
E deixou-lhe, em "alinhavadas palavras como se fossem versos", uma "homenagem de caniços agitados nas manhãs de bronzes, chorando gotas de uma cacimba de solidão nas próprias almas, esguias hastes espetadas nas margens das húmidas ancas sinuosas dos rios"...
A elegia de Craveirinha ao seu belo pai ex-emigrante convoca-nos para a protecção de tantas e tão poderosas heranças luso-africanas, abrindo caminhos que sigam bem para lá dos negócios sem alma e do turismo sem coração.
Só a continuada mistura de sangues, ibérico e africano, e com terras enriquecidas pelo ADN de portugueses e africanos, fará o futuro merecer o que de melhor o passado deu - a Portugal e a África.

sábado, 5 de abril de 2008

Exposicão


Aqui vai informacão do nosso amigo e membro da Associacão
PONTE-Mocambique-Suécia
Vito Ferrinho
veija mais aqui;http://www.sankteriksgatan70.se/galleri.html

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Faleceu Fernando Ganhão


Faleceu esta manhã (04.Abril), vítima de doença, o Prof. Fernando Ganhão, primeiro reitor da Universidade Eduardo Mondlane.
Paz à sua alma.

Canal de Opinião

Por Carlos Cardoso (1997) Guebuza não !
Via Ripua, mais uma vez passamos a conhecer assuntos intestinais do partido Frelimo, discutidos, em surdina lá dentro.
Desta vez, é a sucessão de Chissano.
Ripua quer Guebuza. Já o tinha proposto Primeiro-Ministro.Na nossa opinião Guebuza não.
O nosso parecer assenta em dois factores:
1. As pessoas têm medo de Guebuza.
2. Ele foi, talvez por uma razão de causa e efeito o primeiro factor, um dos ministros mais incompetentes a passar pela governação da Frelimo.
Onde tocou, estragou.
Vamos à questão do medo.
É verdade que Chissano tem gerido a presidência com grau de hesitação, por vezes prejudicial para o país.
Mas com ele na presidência desde 1986 Moçambique foi praticando níveis de liberdade de expressão.
E hoje está bem evidente quanto melhorou na governação a pauta aduaneira por exemplo, fruto do uso crescente dessa liberdade.
Via debate, o país foi encurtando o caminho para consensos e assim se arranjaram algumas soluções.
Moçambique precisa, pois, de um presidente, cuja personalidade, ainda que menos hesitante do que a de Chissano seja pelo menos tão aberta ao diálogo como a dele.
Guebuza tem sido o contrário disso.
As pessoas calam-se por causa dele.
Não tem nem um décimo da postura de Chissano no tocante a aceitação de crítica contra ele.
A governação do país ficaria seriamente prejudicada com um presidente inspirador de-temor-e revolta-entre os cidadãos.
Em segundo, mas não menos importante, lugar, a questão da incompetência.
Armando Guebuza tem sido mau gestor da coisa pública.
Como Governador de Sofala pôs em perigo o relacionamento com Portugal.
Como ministro do Interior, adoptou para a operação produção, um método que anulou qualquer hipótese para a concretização das intenções que lhe deram vida (pese as responsabilidades do presidente Samora Machel numa conceptualização apressada do programa).
E nos transportes Guebuza cruzou os braços perante o alastramento impetuoso do roubo e da corrupção, levando entre outros males, a uma quebra terrível do tráfego via porto de Maputo e ao desmoronamento quase irreversível da LAM.No partido Frelimo há outros sucessores possíveis para Chissano, apesar de nenhum deles, depois da morte de Samora Machel, ter defendido o país, contra a pilhagem desenfreada das nossas riquezas, tem no seu CV muitos mais méritos do que Guebuza para o cargo do PR.
Por outras palavras, a transição pós-Chissano pode ser pacífica.
Mas, a escolha final é a dos eleitores.
Pelo menos enquanto Guebuza não for PR.
(In «Metical» de 15 de Julho de 1997, Carlos Cardoso)