sexta-feira, 31 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
07. Nov.Hantverkargatan 70. Stockholm
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18h00m
"Mozambique, journal d’une Indépendence"
Um filme de Margarida Cardoso
(por volta de 53minutos)
I N T E R V A L O
chá-café ou laranjada !!!! chamussas...etc.
19h10m
Cinémas de Mozambique
"Sonhos Guardados"
Um filme de Isabel Noronha
(2004/doc./30minutos)
"A Janela"
Um filme de Sol Carvalho
(2006/ficcão/8minutos)
"Acampamento de desminagem"
Um filme de Licinio Azevedo
(2005/doc./60minutos)
Os filmes tem legendas em Francês/Inglês/Espanhol.
Poder-se-há proporcionar-se um pequeno e curto debate após projeccão de cada filme
20h00m
C O N V Í V I O
Bar – aperitivos e pequenas delicadezas moçambicanas e não só, com música de fundo......e muito mais.. .......
Entrada gratuíta para os sócios da Associação Ponte.
Pede-se a regularização das quotas em atrazo a todos membros e aceitam-se novas inscrições! PlusGirot 43 45 62 - 5
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Che Guevara
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Às 13 horas de 9 de Outubro de 1967, nas dependências de uma escola da aldeia de La Higuera, a 200 quilómetros de La Paz, capital da Bolívia, Che Guevara foi executado pelo soldado boliviano Mário Terán, a mando do Coronel Zenteno Anaya.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Samora
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domingo, 5 de outubro de 2008
Exposicão de Arte em Estocolmo
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Texto para Desarranjar: a Associacão de Escritores
Em 1997 José Craveirinha publicou Babaalaze das Hienas. Na realidade foi a sua última obra publicada em vida, catarse da guerra então ainda recente. Acorri ao lançamento do livro na Associação dos Escritores, também editora do livro. Foi um dia inesquecível. O velho poeta, crispadíssimo, eco da angústia que atravessava a obra e da comoção em publicá-la. Mas também fruto do amadorismo anárquico daquela pobre sessão, onde meras trinta pessoas partilhavam o seu desconforto, um evento paradoxal face ao simbolismo de Craveirinha, feito poeta nacional, e ao dramático conteúdo da obra. Crispação muito sublinhada, lembro, com o estado embriagado de alguns dos seus pares, ali anfitriões - para mais Craveirinha era abstémio. Terminada a inenarrável cerimónia logo partiu. Eu fui convencido por dois amigos poetas para o seguir, a tradição incluía uma continuidade na célebre casa da Mafalala. Lá fomos, pequeno grupo, onde se incluíam três jovens jornalistas portuguesas encantadas com o momento, auto-concebido comité de desagravo. Craverinha, furibundo como me veio a contar alguns anos depois, nem nos abriu a porta.
Lembro este meu quase-inicial contacto com a Associação de Escritores pois sempre a conheci um pouco assim, algo anárquica, algo boémia, e foi nessa condição que por ela criei a minha simpatia. Ao longo dos anos muitas críticas ouvi sobre o estado da associação, sua incapacidade organizacional, seus infrutíferos esforços pró-literários. E espanto por eu a frequentar. Mas era exactamente essa dimensão desarranjada que me agradava, sempre uma mesa onde se falava de livros e mulheres, ideias e copos, coisas profundas algumas e fúteis muitas. E, desde que civil, algumas vezes de lá saí quase nos modos do meu ex-fetiche Lowry. Pois ali me aturavam. Um dia narrei-me por lá. E também, para além da dimensão convivencial, sempre pensei que a haver problema não seria exactamente na instituição, mas sim no espaço de produção literária, que eu mero leitor leio como minguando nesta última década, a qual ao meu gosto pessoal apenas deixa as promessas da prosa de Chivangue e Muiambo (que aparenta ter desistido), excertos de White (que se zangará comigo ao ler isto), Saúte e Mia Couto, alguns contos de Panguana, esparsos versos de A. Artur., e acima de tudo a obra de Borges Coelho e a continuidade de Aldino Muianga.
Ou seja, é mais do que óbvio que não é uma Associação de Escritores que produz escrita e escritores. E, também, não é ela que produz leitores. Pode é produzir debate entre escritores, entre leitores, entre escritores e leitores. E pode defender os direitos dos escritores (e da literatura) no mercado, na sociedade, na política.
Outros mais sociológicos entenderão que nesta era - de pluralismo político e de industrialização do mercado livreiro, donde literário - o papel de uma Associação de Escritores sob vínculo estatal se vai desvanecendo, seja como editora, seja como controleira (política e ética), seja como divulgadora, seja como formadora de leitores e indutora da escrita. Nos termos actuais talvez a AEMO seja já uma sobrevivência. Mas em sendo-o tal qualidade inscreve-se num contexto citadino cuja elite intelectual tem décadas de experiência em clubes e associações, tem um pathos de existência que passa por esse associativismo, no qual coexistia rebeldia de costumes, revolucionarismo político, subversão das expressões artístico-literárias e políticas, mas também a festa, a boémia, a contextualização institucional (e até espacial) das afectividades, os espaços de construção identitária.
Por tudo isso, sempre mantive uma simpatia com a AEMO, talvez exagerando a sua geneologia no associativismo maputense (e laurentino), sempre compreendendo a sua inserção no contexto político - a qual era vivida com a tal irreverência de costumes, tantas vezes expressão de uma angústia humana, “demasiado humana” -, e apreciando os esforços das últimas direcções (com Armando Artur e Juvenal Bucuane) em produzir neste contexto algumas acções literárias e em re-operacionalizar a organização.
Agora, e como corolário de uma polémica de há anos atrás sobre a “morte da literatura”, mudou a “geração” (seja lá o que isso seja) que gere os assuntos da casa. Esta mesma semana lá me dirigi para assistir a uma intervenção de um antigo professor meu, homem de livros e literatura, louvável improviso de quem mostra querer ter uma casa aberta. Ao fim de uma hora de charla entra o secretário-geral - que tem um muito particular entendimento sobre a literatura, diga-se -, senta-se na mesa sem uma palavra. Depois no final, inscrito num formalismo hoje muito provincial e já anacrónico na capital, não se coíbe de encerrar a sessão. Para dizer que se tinha atrasado pois na véspera tinha estado nas comemorações do 75º aniversário de Samora Machel, na província de Maputo. Ponto final parágrafo, pois que mais haverá a dizer?, a “visão do mundo” está explícita.
Sei que sou estrangeiro. Que é fácil de dizer do tuga, ainda por cima branco, que não respeita Samora Machel, não compreende o simbolismo fundacional do primeiro Presidente da República, que despreza o país, e todo o gigantesco etc que a vontade de cada um permitirá.
Mas ainda assim gostava de dizer que tenho muitas saudades de todas as minhas 2M a ouvir discutir Sophia, Céline, Nogar, Charruices ou Xiphefices, literatices e mundanices. E a falhar(mos?) cerimónias.
José Flávio Taveira Pimentel Teixeira
http://ma-schamba.com/
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Terra incógnita- Niassa - Mocambique 2001-2005
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The debate was followed by a party livened up with singing and playing by Celeste Cambaza and Tepe Hatanabe.
(Na Galeria P4 em Lisboa, foi abordado a fotografia Mocambicana pelo crítico de arte Alexandre Pomar e o trabalho fotográfico de Sérgio Santimano. (foto de cima)
Este "programa" foi acompanhado pela música e estilista mocambicana Celeste Cambaza e o japonês Tepe Hatanabe a residirem ambos em Lisboa o que desde já, muito agradeco pelo brilhante espetáculo musical e não só!)